quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
ENTREVISTA JOSÉ BELO / MAGAZINO - BLOOP RECORDINGS
A Tagus e o Mundo Universitário, juntaram-se para a festa “Momentos de Pura Verdade” que se vai realizar na quinta-feira 26 de Novembro no LX Factory.
Para animar a festa a cabine de som recebe dois DJs da Bloop Recordings, José Belo e Magazino. Habituados a este tipo de acontecimentos, os Djs falaram da Bloop Recordings, da sua carreira pessoal e levantaram um bocadinho o véu do que promete ser uma noite bem quente.
Como surgiu a Bloop Recordings? Como entraram nela?
José Bello | A Bloop surgiu em 2007 como parte do universo da Lopo Recordings, editora de que era dono, a par do Rui Miguel Abreu e do D-Mars, e que lançou coisas como o “Beats Vol. 1” do Sam The Kid, o álbum de estreia dos Vicious Five ou o disco de Rocky Marsiano. A Bloop, entretanto, chega a um ponto de crescimento que justifica a sua autonomia e assim foi, ficando eu como responsável pela Bloop. Assim, convido o Magazino e o João Maria para se juntarem à equipa e a Bloop, como existe hoje, acontece.
Magazino | Entrei para a Bloop no início de 2009 a convite do José Belo que foi um dos fundadores.
Em termos de som, o que trouxe esta etiqueta de novo aos vossos sets? Mudaram muito o som que passavam?
J.B | A editora é reflexo do que nós somos enquanto DJs. Muitas das vezes, o que fazemos para escolher temas é perguntar-nos a nós mesmos se tocaríamos o tema ou não nos nossos sets. Há excepções, música que por si só vale o direito de admissão. Oportunidades como a edição comemorativa dos 20 anos do “Querelle” dos Pop Dell’Arte, que fizemos juntamente com a banda, são oportunidades a que a Bloop nunca vai dizer que não. Não é House ou Techno? Pois não, mas é música. E da boa. E é isso que nós queremos fazer da Bloop, uma editora onde, se tudo correr bem, volta e meia conseguimos editar um disco que fique para lá do típico sabor do mês. Acho que já editámos coisas como o “I can’t stop loving you” do Anonym ou o “Heart in hell” do DJ W!ld que, tenho a certeza, são temas que daqui a uns tempos continuarão a fazer sentido. Mérito total de quem os faz e sorte a nossa de os ter na Bloop.
M | O som da etiqueta somos nós que o escolhemos. Não mudei em nada o som que passava, house/techno 4 por 4 .
Como começaram a vossa carreira? Para além do DJeing, têm mais alguma actividade relacionada com a música, como a produção por exemplo?
J.B.| Eu comecei a minha carreira na pista de dança. Acho que foi por ter passado tanto tempo na pista que e deu vontade em estar do outro lado. Claro que a isto se aliou uma paixão enorme por música. Não era só música de dança, gosto de muitas outras coisas, entre o jazz e o rock psicadélico dos Sixties. Como também gosto daquele rock xaroposo que marca os anos 80, foleiradas que são guilty pleasures assumidos e cantados em voz alta. Estou a começar a dar passos na produção, depois de ter editado uma remistura a meias com o Marko Roca na Bloop e outra remistura com o Sonodab na Hypercolour. Mas está na altura de fazer coisas sozinho e acho que para o ano vou conseguir editar algumas das coisas que estão neste momento a ser construídas.
M | Comecei numa discoteca em Setúbal em 1994 ( Clubissimo) . Produzo e sou editor discográfico.
Qual o sitio onde já tocaram que mais vos marcou? Preferem tocar em pequenos clubes com um relacionamento mais intimista com o público, ou preferem as grandes festas?
J.B. | Tocar para muita gente é óptimo, tens sempre bons sistemas de som e boas condições. E há força nos números sempre. Nunca consegues é aquele contacto com as pessoas, olhos nos olhos, que consegues num clube. Gosto muito de tocar no Europa, em Lisboa, onde sou residente. É o clube onde me sinto em casa, onde posso tocar como gosto e me apetece. E clubes como o Gare, no Porto, e o Lux, em Lisboa, claro. São clubes totalmente virados para a música de dança e com pessoas à frente que, felizmente para nós, sabem dar valor àquilo que a Bloop tem conseguido fazer. Por isso, tocar lá e para aquele público, é óptimo.
M | Clube que mais me impressionou, o Rex em Paris e o D-Edge em São Paulo. Gosto de tocar em clubes e festivais embora em 100 gigs prefira fazer 90 em clubes e 10 em bons festivais.
Que tipo de som podemos esperar para a festa de aniversário do MU, reservam-nos algumas surpresas?
J.B.| A música de dança anda e quer-se divertida e ando a divertir-me muito com a música de dança como ela está. Que quem me ouve, também se divirta, e temos a noite perfeita.
M.| Toada mais tecky que o normal.
in mundo universitario
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